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14 Mai
a
31 Jul

UMA HISTÓRIA DE JARDINS A SUA ARTE NA TRATADÍSTICA E NA LITERATURA

De 15 maio | a 31 julho | BNP

UMA HISTÓRIA DE JARDINS A SUA ARTE NA TRATADÍSTICA E NA LITERATURA


Entrada Libre

 

 

 

A exposição visa dar a conhecer ao grande público o valioso acervo de livros sobre jardins conservados na Biblioteca Nacional de Portugal. A mostra, distribuída por cinco núcleos, vai tornar visível as imagens, os conteúdos, os autores, as edições e as ideias sobre a arte dos jardins que circulavam em Portugal na Idade Moderna.

 

 

O primeiro núcleo intitula-se Primeiro havia um jardim... e pretende realçar o começo da Humanidade justamente num jardim: o Éden. Mas pretende também destacar os livros de maior divulgação: a Bíblia e as Metamorfoses de Ovídio, que se tornaram, assim, textos privilegiados para transmitir ideias e imagens de jardins e paisagens.

 

O segundo núcleo, Do útil para o belo, abrange os tratados de agricultura espanhóis, franceses e italianos com maior sucesso entre nós, que incluíam pequenos capítulos dedicados aos jardins, e através dos quais se iniciou em Portugal a divulgação daquela arte. Nele podemos encontrar algumas das edições oitocentistas dos tratados hispano-muçulmanos escritos durante a Idade Média e que foram decisivos para o desenvolvimento da arte dos jardins na Península Ibérica.

 

Segue-se o núcleo dedicado ao Jardim de Prazer, que começa com o Hypnerotomachia Poliphili, o sonho de Polifilo, o qual, na sua busca erótica, atravessa múltiplos jardins e paisagens. Neste conjunto incluem-se todos os tratados de arquitetura civil especialmente dedicados às casas de campo, assim como o paradigmático tratado de Dézallier d’Argenville sobre o jardim formal. Complementarmente incluíram-se as mitografias que proporcionavam aos artistas o conhecimento dos deuses – biografias, aparência, atributos – assim como os livros com desenhos de fontes e os tratados de engenharia hidráulica que permitiram divulgar os sistemas de jogos de água, em voga na Europa.

 

Por último, na relação que estabelecemos entre jardins e amor, o quarto núcleo O «locus amoenus» é o locus do amor remete para o jardim da Arcádia, tema recuperado pelo jardim inglês, dito de paisagem. A este jardim, mais bucólico, corresponde uma poética diferente, mais sentimental, por oposição à evocação do prazer associada ao jardim de estilo francês, nomeadamente às Fêtes de l’Île Enchantée. Este núcleo junta a Art of modern gardening de Thomas Whately com outros livros que divulgaram em Portugal o jardim à inglesa. Finalmente, e porque tudo começou na árvore do conhecimento, não poderíamos deixar de incluir uma pequena área dedicada aos livros e dicionários de botânica que circularam entre nós.

 

A este projeto associou-se a Parques de Sintra-Monte da Lua com a realização dos filmes sobre os jardins de Queluz e o parque de Monserrate que serão exibidos em permanência durante a exposição.

 

A exposição será complementada por um catálogo, uma edição conjunta da Biblioteca Nacional de Portugal e do Centro de História da Arte e Investigação Artística da Universidade de Évora (CHAIA), no qual se incluem os estudos desenvolvidos por Ana Duarte Rodrigues, Ana Lemos, Ana Paiva Morais, Aurora Carapinha, Jean-Pierre Le Dantec, Manuel Patrocínio, Maria Teresa Caetano e Nicolas Fiévé, apresentados no Ciclo de Seminários Internacionais Arts of gardens books: dialogues on ideas of garden, organizado no âmbito do CHAIA.

 

Comissária: Ana Duarte Rodrigues


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