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Evento completo

26 Out
a
27 Out

Casas de e/imigrantes e Paisagem (História, Imagens, Representações)

Ciclo de conferências, cinema, literatura e diálogos interdisciplinares

Casas de e/imigrantes e Paisagem (História, Imagens, Representações)

Organização: Isabel Lopes Cardoso, historiadora, historiadora de arte, investigadora CHAIA/Universidade de Évora

 

Destinatários: jornadas abertas a profissionais, estudantes (História da Arte, História, Arquitectura, Arquitectura Paisagista, Sociologia, Literatura, Cinema), docentes, investigadores e interessados na temática em discussão.

 

Entrada livre: alunos, docentes, investigadores e outros publicos da UÉ| Público em geral: 5.00 euros/dia - Inscrição prévia aconselhada (número de lugares limitado).

 

Local de realização: Anfiteatro 1, Colégio Verney, Universidade de Évora

Horários (26 e 27 de Outubro): 9h00 às 13h00 e 14h30 às 17h30

 

A vontade de propor dois dias de conferências, de cinema e de diálogos interdisciplinares sobre esta questão nasce das reacções despoletadas pela investigação sobre casas de e/imigrantes levada a cabo no âmbito da nossa tese de doutoramento em História da Arte, defendida em 2009. O recente lançamento da tradução, para português, do provocatório texto de Franco La Cecla – Contra a Arquitectura – viria confortar a necessidade, afinal sempre adiada, de uma reflexão alargada e multidisciplinar sobre as diferentes formas de habitar e de auto-construção da e/i/migração ao longo de um percurso em diferentes contextos geográficos e temporais. O que aqui se propõe é a visitação de várias formas de habitat a que os emigrantes portugueses recorreram em França, nos anos 1960-70-80, ao mesmo tempo que impunham de forma irreversível um novo rosto à paisagem arquitectónica portuguesa. Assim, paralelamente às “casas de sonhos” erguidas no país natal, falaremos de bidonvilles construídos nas periferias das grandes cidades francesas, mas também de antigas aldeias vitícolas reabilitadas por e/imigrantes, no Massiço Central; e de hortas e de jardins. Pintura, fotografia, literatura e cinema fornecem boa parte da matéria para a reflexão que aqui se propõe. No fim de cada sessão (manhã e tarde), haverá diálogo e debate, aberto ao público, com representantes de outras disciplinas.

 

PROGRAMA


26 Outubro

PAISAGENS URBANAS E RURAIS EM FRANÇA

9h00-13h00 Conferências (Isabel Lopes Cardoso, CHAIA, UE) e diálogos interdisciplinares

Significados da “casa” em contexto migratório

Num contexto em que a unidade familiar está constantemente ameaçada pela miragem da desagregação, a força integradora da “casa”, seja ela qual for (incluindo o bairro de lata), aparece reforçada.

Paris 1960-70: pintura e arquitectura “espontânea”

"Em vez de mandar arrasar o bidonville, porque não confia o bairro de lata aos portugueses para que o transformem numa verdadeira aldeia portuguesa?, perguntava o pintor suíço Jürg Kreienbühl (1933-2007) ao presidente da câmara municipal de Carrières-sur-Seine (arredores de Paris), em 1977. Kreienbühl viveu e pintou nos bairros de lata que circundavam a capital francesa (1960-1970), militando contra a política dos “grands ensembles” e a favor de um urbanismo à escala humana, com implicação directa dos habitantes.

Diálogo com Patricia Delayti Telles (historiadora de arte, CHAIA, UE) e Rute de Sousa Matos (arquitecta paisagista, UE, CHAIA)

Reabilitação de uma antiga aldeia vitícola francesa por imigrantes portugueses

Em La Roche Blanche (Auvergne, França), os imigrantes portugueses ainda hoje são encarados como agentes conservadores iniciais da aldeia que esteve em risco de desaparecer do mapa na década de 1970. O seu papel neste acto de salvação representa o oposto exacto do papel de agente destruidor da paisagem que geralmente é atribuído ao emigrante em Portugal.

Diálogo com João Soares (arquitecto, UE, CHAIA, tradutor do livro de Franco La Cecla, Contra a Arquitectura) e Paula Simões (arquitecta paisagista, UE, CHAIA)

14h30-18h00 Cinema, literatura e diálogos

Cinema, imigração e paisagem (França) (programação definitiva em Outubro)

Apresentação da Associação Mémoire Vive/Memória Viva e do site www.sudexpress,org (História e Memória da E/Imigração Portuguesa)

DANTE, Dominique - Lorette et les autres: documentaire. S.l.:s.n., 1973. Filme (16mm) (40m). ; DRESSEN, Jeanne - Moradores: documentaire.S.l.: Les Films d'ici, 2007. Vídeo (BETA) (52m) ; PRIMETENS, Pierre - Immigration portugaise en France: mémoire des lieux. S.l.: Confluences; Arcadi, 2005-2006. DVD (3).

Diálogo com Ana Soares (CIAC/UALG) e Miguel Padeiro (geógrafo, urbanista, LVMT, École des Ponts ParisTech - a confirmar)

Leituras a actriz e performer Margarida Guia (www.myspace.com/margaridaguia

 

27 de Outubro

PAISAGENS URBANAS E RURAIS EM PORTUGAL

9h00-13h00 Conferências (Isabel Lopes Cardoso, CHAIA, UE) e diálogos interdisciplinares

Paris/Chaves/Lisboa nos anos 1960. O olhar do fotógrafo franco-haitiano Gérald Bloncourt

Gérald Bloncourt quis saber de onde vinham os portugueses que “aceitavam viver” no então maior bidonville da Europa: Champigny-sur-Marne (10.000 habitantes, na sua maioria portugueses). Ao proceder como actor-observador, não pilha nem utiliza a miséria que fotografa, para fins pessoais ou para qualquer tipo de propaganda ou de estética; antes devolve aos protagonistas a história que partilhou com eles.

“Casas de sonhos”, uma “insurreição estética” operada pelos emigrantes

Perante a ausência geral de regras de urbanismo (corpo legal que apenas viria a ser constituído nos anos 1980/1990), a transformação da paisagem rural portuguesa através das casas construídas por emigrantes sem instrução nas suas aldeias de origem, operava como uma autêntica “insurreição estética” e despoletava a virulência dos discursos das elites urbanas ao poder das quais escapavam, então, a preservação e/ou a construção dessa paisagem.

Diálogo com Pedro Lobo (fotógrafo) e Conceição Freire (arquitecta paisagista, UE, CHAIA)

Pintura, literatura, historiografia: imagens da resistência contra a transformação da paisagem rural portuguesa pelos emigrantes

Se, de um modo geral, as elites urbanas encaram o emigrante como responsável pela degradação da paisagem portuguesa, a virulência desse discurso é de certa forma clarificado quando confrontado com o discurso das referidas elites sobre aquilo que eram aquelas paisagens antes da “famigerada” intervenção dos emigrantes.

Diálogo com Aurora Carapinha (arquitecta paisagista, UÉ, CHAIA)

14h30-17h00 Cinema, literatura e diálogos

Cinema, emigração e paisagem (Portugal) (programação definitiva em Outubro)

COSTANTINI, Philippe - L'horloge du village: documentaire. S.l. : Les Films d'ici, 1988. Filme (16mm) (52m).

PRIMETENS, Pierre - Un voyage au Portugal: documentaire. S.l. : Lancelot Films, 2001. Filme (35mm) (13m).

Diálogo com Ana Soares (CIAC/UALG) e Carlos Jorge (professor, Literatura e Cinema, UÉ - a confirmar)

Leituras com a actriz e performer Margarida Guia (www.myspace.com/margaridaguia

Informações: Centro de História da Arte e Investigação Artística / e-mail: chaia@uevora.pt

Inscrições via e-mail: chaia@uevora.pt


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